1. |
O Mal Que Habita a Terra
00:51
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Vão nos encontrar
Debaixo de escombros da ignorância
Vivemos para fazer o mundo acabar
Constrói, consome, acumula, destrói, esgota
O mal que habita a terra
Ignora a metástase da sua doença
Maligna e fértil para a desigualdade
Contradições nascidas da sua superável economia
Já falida
O rumo que toma acompanha a lógica
Nenhuma classe oprimida aceitou
Que as suas amarras se perpetuassem
Não houve mensagem, atalho ou chantagem
Que calasse a dor
Em silêncio, definhamos
Façam barulho para o rico acordar
Tomem a força suas casas vazias
E seus cofres cheios
Pois devo avisar
Tudo aqui construído foi feito com o nosso esforço
Sem retribuição
A plenitude da nossa igualdade não se concretiza na conciliação.
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2. |
Do Lacre ao Lucro
00:37
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Democracia de Brinquedo
Da voz pra quem tá brilhando
Assim, chama a atenção de todos
Para o produto do momento
Vão me por num pedestal
E pedir desculpas por ter me fodido um dia
Por preço e etiqueta na minha revolta
Fazer nota fiscal da minha ideologia
Uma velha armadilha (urgh)
Com data de validade (urgh)
Nos oprimem, jogam fora (urgh)
Nos omitem a verdade (urgh)
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3. |
Escorrendo Pelo Ralo
02:23
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Um mundo perigoso e surdo
Não escuta a juventude
Ignora o crescimento
Da distância ideológica entre as gerações
A mente jovem guarda a chave para a saída
Minha voz não vai ser calada
Quieta e sorrateira, uma doença em silêncio
E não se fala sobre ela e assim tiramos nossas próprias vidas
E traz à superfície o mesmo problema desde sempre
Minha voz não vai ser calada
O cansaço toma conta, nosso ódio ainda grita
Trabalhar nesse sistema é aceitar a escravidão
Nas suas diversas formas, toda vez que eu me lembro disso
Eu vejo a minha vida
Escorrendo pelo Ralo (2x)
Fúteis, fáceis eu corto conexão
Longe da sua teia, longe do radar da cooptação
Do lado obscuro, esquecido surgiu iluminação
Ofusca e cega a morte
E ai então nossa fuga
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4. |
Vida Medíocre
00:49
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Acostumado a viver no aperto
Sem vista para nada além de um paredão
Preso no meio de um mar concreto
Escondido no escuro e na solidão
Acostumado, acordando atrasado
Engole qualquer merda e vai trabalhar
Busão lotado, trem, metro parado
Que vida medíocre eu tenho que aguentar
Acostumado a pagar por tudo
Encarando a exaustão que é pra sobreviver
O salário contado, que é para o proletário
Não ter garantia e voltar todo mês
Meu sofrimento, esquecimento
Sem conformismo, sem consolo
Pode parar, não aguento mais
Bora organizar e botar para foder
Milhões se fodem devendo para os ricos
Uma dívida que não foi nenhum de nós que fez
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5. |
Ultraviolência
02:04
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Entrevista abusiva, questionário incomum
Comando através de palavra chave ativa
Personalidades que tu não vai conhecer
A partir de agora somos diferentes
Somos fortes, somos assassinos natos
Nada surpreende mais que o poder da mente humana
De se auto complementar
Criando uma rede, nova história pra si mesmo
Nossa vida faz sentido dentro do que a gente acha que viveu
Quem assume o controle
Quando a nossa natureza
Foi levada as profundezas
Pra nunca mais acordar?
Espionagem, presidência e celebridades
Fazem um caminho montado dentro de um laboratório
Fazem lobby, propaganda, montam o destino de forma elaborada
Para que todos obedeçam
LSD, afogamento, soro da verdade, choque elétrico e dissociação da mente
Banalização da violência e da miséria
Um robô de carne e osso que obedece e nada sente
Embargo, testes nucleares
Tortura e ação militar
É inocência acreditar
Que um dia vão negociar
A única saída possível
Destruir o imperialismo
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6. |
Jogo Sujo
01:03
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Elite agrária, gente rica
Dominação de terras, gente rica
Massacra os pobres, gente rica
Compra os bota, gente rica
Mata “sem-terra” , gente rica
Te faz de otário, gente rica
Remendos e arranjos procurando medidas
E causas inexistentes justificando a morte
De gente inocente, pobre e batalhadora
Que passou a porra da vida contando com a sorte
Desemprego, burguesia
Aumento da violência, burguesia
Privataria, burguesia
Controla mídia, burguesia
Jogo sujo, burguesia
Na cara dura, burguesia
A nossa autonomia tem que ser resgatada
A criação de nossos núcleos nunca pode cessar
O estudo, o debate e partir para a ação
Para que o que produzimos fique em nossas mãos
Estratégia econômica de dominação
Fodem nossa economia e cobram a população
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7. |
A Lei da Dúvida
02:15
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O que conhecemos foi limitado a essa fonte de informação
A nova roupagem midiática e nela estampada os nossos limites de compreensão
Da dor alheia, da nossa história e pra onde ela vai
Será que é isso?
A lei da dúvida: fonte confusa e manipulada
Distração, ingenuidade, esperança, complacência
Invenção de conflito, bomba jogada no ar
Acerta e mata em quem pegar
Reproduzido por nós
Apelo emocional, tratamento infantil
A nossa vida nessa rede é conectada em mentiras
Os neurônios da verdade, decantaram em solução
Fraca, leve e transparente
Com a nossa aprovação
De uma chance a sua teimosia, não podemos parar por aqui
Não aceita, não envelheça
Não se culpe, não obedeça
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8. |
Anestesia
01:48
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Desobedientes confrontam o tempo
Vindos de outra dimensão
Mas adoeceram em coma induzido
E sem direito a despedida
Suicídio e entorpecentes
A reveria do nosso fim
Do jeito que as coisas estão
Vai fazer sentido até para mim
Uma realidade que nunca tivemos
Sobrepõe a forma como deve ser
Encarada a nossa permanência aqui
Sem significado pra ninguém
O desvio da nossa mente vai agendando o nosso fim
Do jeito que as coisas estão
Vai fazer sentido dizer que sim
Traça o meu perfil que agora eu vou comprar
Tudo que vocês podem oferecer
Sentir a realidade? Isso vai me matar
Quero anestesia sim, até morrer.
Até morrer!
A vida segue sempre atropelando
Ninguém aqui é celebridade
Somos esquecidos no vapor da morte
E substituídos como qualquer merda
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9. |
Mais Um Refém
02:32
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Acho bem confuso ver que acreditam
Em um playboy maldito, gestor liberal
Passam o natal, páscoa e carnaval
Longe da família e sem hora extra
Não temos um terço do que eles tem
Não vale viver a ilusão
Sistemas reservam fortunas a quem?
Não vale viver pro patrão
Vamos achando que amadurecemos
Adultos rendidos à mesma conversa
A mesma promessa de organizações
Bilionárias, Carniceiras
Eu não quero me transformar
Em um doente, entupido de tarja preta
Rebaixado e sem futuro
Todo fodido
Rebaixado e humilhado
Sem futuro, de frente para um muro
Até o fim da vida preso nessa merda
Mais um Refém (2x)
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10. |
Virou Brasil pt.1
01:25
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Um país sem noção,
País sem noção, franquia nascida da violação
Os rico se une e sem um deles morre
Vai ter passeata e repercussão
Influência de cima atrasa nossa vida
Empurra pra trás nossa evolução
Lalaialaia
A prioridade é espelhar nossa vida na classe inimiga
Pais sem noção
A indiferença forjada no ódio
Sede de justiça com as próprias mãos
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11. |
Virou Brasil pt. 2
01:22
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Os ricos se unem e se um deles morrem
Vai ter passeata e repercussão
Se um pobre morre, você comemora
Já virou Brasil, tu perdeu a noção
País sem noção
Completamente alheio a realidade
A prioridade é espelhar nossa vida na classe inimiga
País sem noção
Indiferentes, forjados de um ódio que é contraditório e sem direção
País sem noção, uma franquia nascida da violação
A influência de cima empurra em sentido anti-horário nossa evolução
Os ricos se unem e amam violência
Da porta do seu condomínio pra fora
Abramos os olhos no avanço dos ricos
Contra nós a violência só piora
País sem noção
Completamente alheio a realidade
A prioridade é espelhar nossa vida na classe inimiga
País sem noção
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12. |
Não Entendi
00:28
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Mídia cretina
Tu vai ler não entende nada
Seus interesses
Estão sempre nas entrelinhas
Controlam a rede
Permitem ou proíbem
De acordo com seus interesses
Não vão recuar a sua posição
Reféns dos ricos, informação
É uma arma
Se não dominarmos isso
Quem vai levar bala é nois
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13. |
Caso Isolado
00:59
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Em conchavo com a polícia e grupos de extermínio
Atacam primeiro os grupos fragilizados
Aldeias indígenas, MST são atacados na surdina por covardes assassinos
Com licença para matar
Defendendo a propriedade
Chamam isso de justiça
Eu chamo de pilantragem
Boa sorte é o caralho
A burguesia é o inimigo
Chamam isso de justiça
Mais um caso isolado?
Não é um caso isolado!
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14. |
Viver em Santos
01:11
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Cultura da indiferença
Gente morando na rua
Os carros mais caros do mundo
E obra superfaturada
Franquia pra todo lado
Roupa cara, que é uma merda
Os PS são sucata
Serviço público é um lixo
Entre as 5 das melhores
Do Brasil pra se morar
Serve os ricos e explora
Periferias e demais cidades
Uma juventude, que resume a vida
Em status, dinheiro e bar depois de faculdade
Eu era só uma criança mas me lembro bem
De quando essas torres gigantescas e comércios caros invadiram aqui
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15. |
Madeira e Sangue
03:40
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Ativistas mortos
Ninguém denuncia ou se surpreende
Líderes de aldeia foram
Brutalmente assassinados
Agronegócio dita as regras
Que vigoram a seu favor
Armados pelos ricos
Seus capangas matam
Um a um
Emboscadas
No rio, na estrada
Sabotagem, ameaças
Promovem etnocídio em uma cadeia de interesses
Atropelam o direito a vida por dinheiro
Destruindo o meio ambiente
Embrulhando tudo que nós temos
E entregando pro estrangeiro
Machas de sangue
E serra elétrica
Se auto declaram
Donos da terra
Promovem etnocídio em uma cadeia de interesses
Atropelam o direito a vida por dinheiro
Ceifando todo o meio ambiente
Embrulhando tudo que nós somos
E entregando pro estrangeiro
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16. |
Bom Dia Senhor
04:32
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Bom dia seu crente desgraçado
Preconceituoso e nojento
Tu me odeia por que eu falo errado
Sou fodido de grana e uso sempre a mesma roupa
Jamais carregaria a minha mala imunda
Com retalhos de fio e ferramenta usada
E ainda acredita em meritocracia
Diz que veio de baixo, vai te foder
Quero dizer, bom dia senhor
Você possui uma bela cobertura
Mas que calopsita adorável
Trancafiada e esquecida numa gaiola
Você possuí filhos maravilhosos
Cristãos e estudantes de colégios bons
Que custam por mês o que eu ganho em um ano
Fazendo serviço para reaça escroto
Eu não estou com nenhuma brincadeira
A porra do preço é esse ai mesmo
Mas óbvio que você vai pedir desconto
Mesmo sem precisar só pra me desvalorizar
Tua classe mesquinha sei identificar
Da licença que eu vou transformar
Essa casa gigante em um palácio
Enquanto eu escuto tuas palavras difíceis
Pondo a culpa nos pobres pela desgraça do mundo
Continua esculachando os teus subordinados
Que eu continuo fingir não ser um deles
A propósito muito obrigado pela xicara de café
Claro que eu quero açúcar, seu imbecil
Já terminei essa presepada, que não mudou em nada a porra da tua vida
Só gastou dinheiro que não te faz falta, afinal manter herança foi seu grande mérito
Muito obrigado por pagar em cheque
Eu estou tão feliz que quero te esmurrar
Vou com certeza ser barrado na porta giratória do banco
Para sacar essa merda
Defende ai os teus interesses da tua forma
Que agora consciente eu defendo os meus
Em cada proletário germina o ódio
À sua classe arrogante e manipuladora
Nós vamos nos juntar e acabar com essa porra
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17. |
A Troco de Nada
02:06
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Donos do mundo
Tiranos imundos
Vendem a vida
A troco de nada
Eu lhes desejo a morte
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